6 de novembro de 2003

Uma Conversa com Edgar Allan Poe

E o que era feio tornou-se bonito no outro instante
Para o alívio do rapaz que sentou ali, todo calado
O ceu parecia mais azul, talvez mais cintilante
Mas o mundo ainda era o mesmo, desbotado

Sem ambição de tornar-se noite ou madrugada
O dia já não ia mais adiante nem ficava parado
As luzes do dia piscavam e sua cabeça rodava
Isso já esta ficando chato e me deixou cansado

Não queria que tivesse sido assim, poderia ser diferente
Mas nem tudo é do jeito certo, ninguem controla
O que se sabe é o que fica guardado dentro da gente
Depois que o inseparavel vai embora.

Agora me pegou, deve estar fazendo efeito
Talvez não devesse tomar todas de uma vez
Mas se uma é boa, o resto parece perfeito
Não quero que agente se arrependa daquilo q não fez

Mas uma dor agora aperta o meu estomago
Minha cabeça doi e meu braço não quer obedecer
Vou por o dedo na goela e fazer ansia de vomito
Não acredito que vou morrer por causa de um LSD

Acho que não adianta mais, minha vista escureceu
Vou definhar no tapete da minha sala sem poder dizer
Tudo o que planejei por anos e ate agora não aconteceu
Sera esquecido e enterrado se eu não sobreviver

Quando o último suspiro quis me levar
Uni cada pedaço de força que ainda restava
Para reagir e conseguir me levantar
E naquele mesmo segundo a realidade voltava
Os maus sentimentos começaram a passar
Meus sentidos se recuperaram em desespero
Antes de levantar so consegui vomitar
Vou escovar os dentes porque tenho que trabalhar o dia inteiro
E depois voltar a me suicidar.

Nao parece mas fui eu qm fiz.

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