30 de setembro de 2003

A armadilha

Meu nome é Mort. Ed Mort. Sou detetive particular. Pelo menos isso é o que está escrito numa plaqueta na minha porta. Estava sem trabalho há meses. Meu último caso tinha sido um flagrante de adultério. Fotografias e tudo. Quando não me pagaram, vendi as fotografias. Eu sou assim. Duro. Em todos os sentidos. O aluguel da minha sala - o apelido que eu dou para este cubículo que ocupo, entre uma escola de cabeleireiros e uma pastelaria em alguma galeria de Copacabana - estava atrasado. Meu 38 estava empenhado. Minha gata me deixara por um delegado. A sala estava cheia de baratas. E o pior é que elas se reuniam num canto para rir de mim. Mort. Ed Mort. Está na plaqueta.

Eu tinha saído para ver se a plaqueta ainda estava no lugar. Nesta galeria roubam tudo. Abriram uma firma de vigilância particular do lado da boutique de bolsas e nós pensamos que a coisa ia melhorar. A firma foi assaltada sete vezes e se mudou. Voltei para dentro da sala e me preparei para ler o jornal de novo. Era uma quinta e o jornal era de terça. De 73. Havia uma chance de o telefone tocar. Muito remota, porque ele estava desligado há dois meses. Falta de pagamento. As baratas, pelo menos, se divertiam. Foi quando ela entrou na sala. ..



Conhecem Mort, Ed Mort? Poxa o cara é tão legal, divertidíssimo, uma boa maneira de encarar os fatos.. dá uma olhada no link ali em cima..

29 de setembro de 2003

Sabem, eu acho às vezes, que algumas pessoas deveriam levar tapinhas em seus bumbuns, tamanha sua falta de noção.
Pretenciosas, arrogantes, desprezíveis. Elas infestam todos os cantos, estão por todas as partes. Duvido que você não conheça ninguém assim!
Mas o que fazer senão lamentar. Embora o lamento não seja de meu apreço.


"Um homem pode ser destruído; nunca derrotado" - Essa frase dita em "O Velho e o Mar" seria a justificativa para seu suicídio em 1961.
(Ernest Hemingway)
Audi A2 não enferruja

O que vocês acham de produzir uma placa com um anúncio que apenas será
visível após algumas semanas, quando toda a mídia já estiver sido corroída
pela ferrugem? Pois é, foi exatamente isso que a filial alemã da agência
Saatchi&Saatchi fez.

Para divulgar o novo Audi A2 que é todo fabricado em alumínio, a agência
criou um anúncio que inicialmente não passava de uma placa de metal lisa,
sem nada inscrito. Porém, no tempo úmido da primavera da Dinamarca (onde a
placa foi instalada), o metal não durou muito tempo.

Em apenas uma semana a ferrugem começou a revelar o anúncio, já que a parte
da placa que não era feita de alumínio foi sendo corroída.
No final de um mês, toda a placa já tinha sido atacada pela ferrugem e o
anúncio ficou então totalmente visível. A imagem do carro e o título: "All
Aluminium Audi A2", protegidos pelo alumínio, permaneceram intactos.
Toda essa produção para dizer: Alumínio não enferruja, logo, o Audi A2
também não. Simples, mas uma idéia fantástica não é mesmo? A peça foi
premiada com o Leão de Ouro no Festival de Cannes 2003 e com o Lápis de Ouro
no One Show.


Monopólio dos trangênicos..

IMAGINE A VIDA MONOPOLIZADA....


que vergonha.... é tudo o que eu posso dizer.
Geni e o Zeppelin
Chico Buarque/1977-1978


De tudo que é nego torto
Do mangue e do cais do porto
Ela já foi namorada
O seu corpo é dos errantes
Dos cegos, dos retirantes
É de quem não tem mais nada
Dá-se assim desde menina
Na garagem, na cantina
Atrás do tanque, no mato
É a rainha dos detentos
Das loucas, dos lazarentos
Dos moleques do internato
E também vai amiúde
Co'os velhinhos sem saúde
E as viúvas sem porvir
Ela é um poço de bondade
E é por isso que a cidade
Vive sempre a repetir

Joga pedra na Geni
Joga pedra na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Um dia surgiu, brilhante
Entre as nuvens, flutuante
Um enorme zepelim
Pairou sobre os edifí­cios
Abriu dois mil orifí­cios
Com dois mil canhões assim
A cidade apavorada
Se quedou paralisada
Pronta pra virar geléia
Mas do zepelim gigante
Desceu o seu comandante
Dizendo - Mudei de idéia
- Quando vi nesta cidade
- Tanto horror e iniqüidade
- Resolvi tudo explodir
- Mas posso evitar o drama
- Se aquela formosa dama
- Esta noite me servir

Essa dama era Geni
Mas não pode ser Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni

Mas de fato, logo ela
Tão coitada e tão singela
Cativara o forasteiro
O guerreiro tão vistoso
Tão temido e poderoso
Era dela, prisioneiro
Acontece que a donzela
- e isso era segredo dela
Também tinha seus caprichos
E a deitar com homem tão nobre
Tão cheirando a brilho e a cobre
Preferia amar com os bichos
Ao ouvir tal heresia
A cidade em romaria
Foi beijar a sua mão
O prefeito de joelhos
O bispo de olhos vermelhos
E o banqueiro com um milhão

Vai com ele, vai Geni
Vai com ele, vai Geni
Você pode nos salvar
Você vai nos redimir
Você dá pra qualquer um
Bendita Geni

Foram tantos os pedidos
Tão sinceros, tão sentidos
Que ela dominou seu asco
Nessa noite lancinante
Entregou-se a tal amante
Como quem dá-se ao carrasco
Ele fez tanta sujeira
Lambuzou-se a noite inteira
Até ficar saciado
E nem bem amanhecia
Partiu numa nuvem fria
Com seu zepelim prateado
Num suspiro aliviado
Ela se virou de lado
E tentou até sorrir
Mas logo raiou o dia
E a cidade em cantoria
Não deixou ela dormir

Joga pedra na Geni
Joga bosta na Geni
Ela é feita pra apanhar
Ela é boa de cuspir
Ela dá pra qualquer um
Maldita Geni
"Eu desço dessa solidão, disparo coisas sobre um chão de giz.
Há meros devaneios tolos a me torturar,
Fotografias recortadas de jornais, de folhas amiúde.
Eu vou te jogar num pano de guardar confetes,
Eu vou te jogar num pano de guardar confetes.
Disparo balas de canhão, é inútil pois existe um grão vizir.
Há tantas violetas velhas sem um colibri,
Queria usar quem sabe uma camisa de força ou de vênus
Mas não vão gozar de nós, apenas um cigarro,
Nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom.

Agora pego um caminhão, na lona vou a nocaute outra vez,
Pra sempre fui acorrentado no seu calcanhar.
Meus vinte anos de "boy, that's over, baby",
Freud explica.
Não vou me sujar fumando apenas um cigarro,
Nem vou lhe beijar gastando assim o meu batom.
Quanto ao pano dos confetes, já passou meu carnaval
E isso explica porque o sexo é assunto popular.

no mais estou indo embora,
No mais..

(chão de giz - Zé Ramalho)

26 de setembro de 2003

Tem tambem o fotografo Storm Thorgeson dono da Hipgnosis que fez capa de varios discos, como Pink Floyd, The Who , Alan Parsons, Led Zeppelin, Syd Barret, entre outros... vale a pena.



Apenas uma amostra...
Imagens dos Irmãos Clayton. Muito bons os caras...



"O playground por trás do zíper das minhas calças mitificou a minha imagem"
(Mick Jagger, líder dos Rolling Stones, sobre as dificuldades de ser considerado um deus sexual)
Rolling Stones derrubam Elvis do topo das paradas com hit dos anos 60

LOS ANGELES (Reuters) - Uma nova versão da música "Sympathy for the Devil", de 1968, dos Rolling Stones, ficou no topo da lista dos singles mais vendidos desta semana.

A canção de seis minutos, na qual Mick Jagger apresenta um alter ego diabólico, um "homem de riqueza e bom gosto", foi desempoeirada pelo antigo selo do grupo, ABKCO Records, e remixada por um conhecido e seleto grupo de produtores.

A canção substituiu do topo das paradas outra quase tão velha, uma versão remixada de "Rubberneckin", de Elvis Presley, originalmente de 1969.

Não há ainda disponíveis os números de vendas de "Sympathy".

Composta por Jagger e inspirada no romance do escritor soviético Mijail Bulgakov, "O Mestre e a Margarida", "Sympathy for the Devil" apareceu originalmente no álbum "Beggars Banquet", de 1968. Também foi incluída na reedição de "Honky Tonk Women", em 1976.

" Por favor permita-me apresentar
Eu sou homem rico e de bom gosto
Eu estive por aí por muitos longos e longos anos
Eu roubei a alma e a fé de muitos homens
Eu estive por perto quando Jesus Cristo
Teve seu momentos de dúvida e dor
Eu me certifiquei de que Pilatos
Lavasse as mãos e selasse o seu destino
Prazer em conhecê-lo
Espero que adivinhe meu nome
Mas o que confude você
É a natureza do meu jogo"


Va com a maioria

Seus pais agradecerao

Mas nao esqueca
Nao seja voce mesmo
Porque desgastar meus neuronios fazendo escolhas para a minha vida?

É tão cômodo esperar a W3C das personalidades se expressar
e adotar o que eles nos passam

Agradamos a todos, como fomos treinados
O que? Voce nao se sente bem com isso? Tudo bem...
Lembre-se que de acordo com o W3C das personalidades,
a felicidade dos outros eh a sua felicidade

Esperem esperem...
Saiu a pouco a nova padronizacao para "A rádio que toca no seu carro"

Vo lah dar uma olhada
Preciso ser ouvido
Quero ser ouvido
Me ouça, me ouça

Você quer falar?
Não, por favor, agora não
Os seus problemas não me interessam
Escute os meus
Resolva os meus

Preciso de ajuda, me ajude
Me ajude, mas sem falar
Eu quero falar
Eu preciso falar

BLAH BLAH BLAH BLAH

25 de setembro de 2003



Só para constar...
Governo brasileiro garante liberação de transgênicos

O presidente em exercício, José de Alencar, garante que assinará Medida Provisória que autoriza o plantio de Organismos Geneticamente Modificados (OGM's).

A decisão foi tomada após uma reunião na terça-feira com os ministros da Casa Civil, Agricultura, Justiça, Reforma Agrária, a ministra do Meio Ambiente, além de ministros em exercício da Saúde e da Segurança Alimentar.

A liberação do plantio de transgênicos beneficia principalmente a multinacional norte-americana Monsanto. Pela primeira vez serão cobrados royalties pelo uso das sementes. O governo fez cálculos de royalties em torno de US$20 por hectare.

(Fonte: CMI)

Que coisa mais triste isso. Seremos novamente complacentes à política extorquista e tirana dos nossos vizinhos americanos. É uma pena.
Às vezes, quase desisto das pessoas, mas há algo que me diz para não fazer isso.
"Se você teve sorte de viver em Paris, quando jovem, sua presença, continuará a acompá-lo pelo resto da vida, inde quer que você esteja, porque Paris é uma festa móvel"

(Ernest Hemingway - Paris é uma Festa)

24 de setembro de 2003

Disco de Springsteen supera Beatles é o 'mais popular' da história

Um antigo trabalho de Bruce Springsteen liderou uma nova pesquisa feita para eleger o álbum mais popular de todos os tempos.

Born to Run (1975) desbancou álbuns de nomes como Beatles, U2 e Pink Floyd para tomar o pódio da lista dos mil trabalhos mais populares, compilados pela publicação Zagat Music Guide.

Abbey Road e Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band, dos Beatles, ficaram com a segunda e terceira colocação na lista da Zagat.

A relação, votada por 10,5 mil fãs de música pop, descreve o álbum Born to Run como "uma promessa de uma noite de sábado sem fim".

(Fonte: Uol Brasil)



Tintim de Hergè é um clássico das histórias bem ilustradas e bem escritas. Aventura, comédia e suspense, feitas de forma inteligente. Personagens como:

CAPITÃO HADDOCK (Impulsivo, generoso, passional - especialmente com as palavras - às vezes o sempre presente capitão se sobrepõe a Tintim como a personagem principal. Sua queda pela bebida - principalmente o uísque - é legendária),
DUPOND e DUPONT (detetives mais trapalhões do mundo),
PROFESSOR GIRASSOL (O distraído professor é uma espécie de Einstein do mundo de Tintim. Hergé baseou a personagem no Professor Auguste Piccard),
NESTOR (O mordomo do capitão, sua característica mais marcante além da dedicação é uma paciência gigantesca),
BIANCA CASTAFIORE (Conhecida como o "Rouxinol Milânes" o som da sua voz estrondosa é comparado ao poder de um ciclone),
LAMPIÃO (O chato dos chatos),
OLIVEIRA DA FIGUEIRA (Este é um amigo comerciante muito esperto que vende todo o tipo de buginganga),
TCHANG (Este é um amigo especial, pelo qual Tintim arriscou a vida muitas vezes. Tchang baseia-se em um amigo Chinês de Hergé que muito o marcou),
RASTAPOPOULOS (É o arquiinimigo de Tintim. Em princípio era um amigo urso como tantos por aí, depois, revelou-se de verdade.)
são marcantes para quem conferiu as histórias do jovem aventureiro. Possuem muitas características de seres da vida real, por isso são tão especiais. Permitem ao leitor transportar-se para dentro das histórias.

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TINTIM surgiu pela primeira vez em preto-e-branco, na revista Petit Vingtième, entre 1929 e 1940. Depois, houve a sua mudança para o jornal Le Soir onde permaneceu até 1944. Essas tiras foram reunidas em um livro inicialmente pelo próprio Petit Vingtième e depois pela publicadora Casterman. De 1942 em diante, todos os livros de Tintim foram publicados em cores e a maioria das histórias produzidas em preto-e-branco foram colorizadas e reduzidas para se adaptarem ao novo formato. Em 1946 Tintim já aparece na sua própria revista, e a partir daí todas as histórias recebem tratamento colorido.

23 de setembro de 2003

Eu quero acordar em seu sol branco
E quero acordar em seu mundo
Sem dor

Mas apenas sofrerei no desejo de morrer um dia
Enquanto vocês estão dopados de todas as maneiras
Quando eu odeio, eu sei que posso sentir
Mas quando você ama, sabe que não é real
E eu renunnciei a esta porra de mundo mau
a caminho do inferno
Os vivos estão mortos e espero me juntar a eles
Sei o que fazer e faço muito bem
Quando eu odeio, eu sei que posso sentir
Mas quando você ama, sabe que não é real

Atiro em mim mesmo, por amar você
Se eu me amasse, estaria atirando em você
Johnny Depp fala sobre refilmagem de Willy Wonka and the Chocolate Factory remake

Johnny Depp está afiado para tomar parte no remake de Tim Burtons, Charlie and the Chocolate Factory mas ele cederá com felicidade o lugar caso o roqueiro Marilyn Manson quiser participar.

Manson and Depp são os únicos nomes na corrida para recriar ROALD DAHL eccentric, e Depp admite que o roqueiro seria o Wonka perfeito.

Ele disse, "É excitante para mim a possibilidade de voltar e fazer mais um filme com Tim. Seria demais. Manterei meus dedos cruzados."

Opinião própria do autor disto aqui: Eu adoraria ver o marilyn manson como willy wonka hehehehe


AUTOR DE CULTO Edward Gorey nasceu em 1925, em Chicago. Com apenas cinco anos já tinha lido Drácula e Alice no País das Maravilhas. Em 1953 decide ir para Nova Iorque, levando consigo a sua colecção pessoal de fotografias de bebés mortos à nascença, e começa a trabalhar como ilustrador de livros para a editora Doubleday/Anchor até 1960.

           

Muitos autores de bd, encenadores, músicos e coreógrafos encantam-se pelo seu mundo misterioso, mórbido, insólito, enigmático, obscuro, cheio de humor e absolutamente genial. É o caso de Tim Burton , Richard Sala, e Dame Darcy.
Em 1986 muda-se para Cape Cod, onde acaba por falecer, em Abril de 2000, com 75 anos. A sua casa é hoje, em dia, um museu.

Dica:

The Works of Edward Gorey
Edward Gorey Bibliography web site
The Gashlycrumb Tinies
A TELEVISÃO NÃO SERÁ REVOLUCIONADA

Ditadura cultural, farsa videopolicialesca e estética malaca. A televisão brasileira vive momentos de indigência completa. Tal como um paciente agonizando numa UTI, desenganado, respirando com ajuda de aparelhos e esperando que um dia a eutanásia seja implantada neste país,para pedir que desliguem tudo. O episódio da reportagem-farsa do PCC é caso de cassação da concessão pública do SBT !
Tudo é entretenimento neste país! A indústria cultural é mais poderosa que qualquer governo e determina todas as questões via-satélite. Manda e desmanda no imaginário do senso comum, refém inaudito dos (de)formadores de opinião.

" A opinião pública é idiota", já disse Jean-Paul Sartre. É a FARSA VIDEOPOLICIALESCA dos fins de tarde. Um revólver na mão e uma idéia na cabeça. O estado vídeo-policial é uma realidade. E não basta que os programas de auditório queiram saber quem anda
comendo quem,ou de que cor é a calcinha da "atriz e modelo",ou como foi a "primeira vez" da celebridade-futilidade.
" The enterteinment of establishment" agora recruta falsos bandidos para o rol de celebridades. Verdadeiros pop-stars do crime. [..]

Tudo isso representa bem a DITADURA CULTURAL em que nos encontramos. Inclusive na estética do dia-a-dia. Cada vez mais é comum encontrar mauricinhos e patricinhas desfilando de piercings e tatuagens, referências visuais do "underground" de outrora. A "rebeldia" se consagrou no carro-chefe atual da indústria cultural através do Charlie Brown Jr. Tocando na propaganda da coca-cola. A homogeneização social e cultural através do "visual" como condicionante do comportamento individual.

A ESTÉTICA-MALACA. [..]
(sassafrás)

...desliguem os aparelhos ,desliguem !!!

22 de setembro de 2003

A edição histórica da revista Veja, comemorativa aos 35 anos da publicação, trará uma novidade. Além do fato de a revista disponibilizar pela primeira vez aos leitores parte de seu acervo acumulado em mais de três décadas de jornalismo, a Editora Gráficos Burti foi a responsável por tornar viável a impressão da capa personalizada e de três anúncios criados pela Africa para o Itaú.

Além do nome de cada um dos 915 mil assinantes da publicação impressos na capa, a segunda, terceira e quarta capas da publicação também trazem no alto de cada anúncio o respectivo nome de cada assinante. Depois de impressa a parte relativa ás capas, o material foi enviado à gráfica da Abril para as capas serem rodadas junto com o miolo da revista.

Esta edição especial ficará um mês nas bancas e tem na sua capa uma composição de todas as capas de VEJA já publicadas até hoje. Atualmente, a publicação é a quarta revista mais importante do mundo, com tiragem semanal de 1.200.000 exemplares. Esta publicação conta com 130 páginas, sendo que destas, aproximadamente 50 são de publicidade.

Fonte : MMonline

Acho que não preciso dizer nada. Talvez essa seja a campanha mais ousada dos últimos tempos.
Ela foi mas voltou,
foi só por um tempo.

No princípio me senti livre,
desprendido. Como se tivesse renascido, tudo passou a ser mais interessante.
As responsabilidades e necessidades de respaldo evaporaram.

Mas depois comecei a sentir que ela fazia falta.
Afinal minha vida é dela como um todo. Eu adminto, dependo dela.
Como um vício ou uma desculpa para poder prever em partes o que
o amanhã me reserva.

Bendita rotina

19 de setembro de 2003

Ouvindo Tim Maia Racional!!!
Na rádio muda.
A Rádio Muda, de Campinas, é a primeira rádio livre a transmitir ao vivo pela internet com o apoio do CMI.
Para ouví-la basta copiar o primeiro link acima e colar no seu programa para tocar áudio.

Imunização Racional - Que Beleza
(Tim Maia)

"Uh, uh, uh, que beleza
Uh, uh, uh, que beleza
Uh, uh, uh, que beleza
Uh, uh, uh, que beleza

Que beleza é sentir a natureza
Ter certeza pra onde vai e de onde vem
Que beleza é ir na pureza
E sem medo distinguir o mal e o bem

Uh, uh, uh, que beleza
Uh, uh, uh, que beleza

Que beleza é saber seu nome
Sua origem, seu passado e seu futuro
Que beleza é conhecer o desencanto
E ver tudo bem mais claro no escuro

Uh, uh, uh, que beleza
Uh, uh, uh, que beleza

Abra a porta e vá entrando
Felicidade vai brilhar no mundo
Que beleza, que beleza

Uh, uh, uh, que beleza
Uh, uh, uh, que beleza
Uh, uh, uh, que beleza
Uh, uh, uh, que beleza

Que beleza, que beleza
Que beleza, que beleza, que beleza
Que beleza
Abra a porta e vá entrando
Que beleza..."
Extra !
Extra !

Novo grupo de teatro!!!
Novo grupo de teatro!!!




Há mais de seis anos, um grupo teatral sem nome, sem atores famosos, sem produção milionária e sem publicidade estrondosa está, pouco a pouco, crescendo dentro de presídios do estado de São Paulo e introduzindo consciência crítica e cultura nesse universo de degradação e injustiças.

Com a coordenação de Jorge Spinola, teatrólogo e funcionário da FUNAP (Fundação de Apoio ao Trabalhador Presidiário) o grupo vem desenvolvendo montagens de peças teatrais dentro de presídios da capital. Jorge montou o "Auto da Compadecida" de Ariano Suassuna e "O Homem e o Cavalo" de Oswald de Andrade, com detentos do Centro de Observação Criminológica. Com a desativação do Complexo Penitenciário do Carandiru, o grupo transferiu sua atividade para a Penitenciária Feminina do Tatuapé, onde vem trabalhando com a montagem do texto "Homens de Papel" de Plinio Marcos, rebatizada de "Mulheres de Papel".

Alguém está afim de um cigarro?
Notícia

O Conar (Conselho nacional de Regulamentação) que fiscaliza as campanhas publicitárias, proibiu nesta quarta-feira que fossem veiculados comerciais de bebida alcoólica que contenham animais ou criaturas que remetam ao universo infantil, no horário das 6 às 21 hs e vejam só, proibiu o uso nos mesmos comerciais de mulheres que estivessem nuas, seminuas ou expondo de maneira exagerada seu corpo, com menos de 25 anos, resalva, elas tem que parecer com mais de vinte e cinco anos. Quem sabe agora, através de uma proibição de um órgão autônomo, as mulheres (e os homens principalmente) percebam que elas não são objetos e não vem junto com os produtos que anunciam. Uma vitória!

18 de setembro de 2003

"Ele esperou que nós o convidássemos, mas só agora eu descobri isso"
Keith Richards, guitarrista dos Rolling Stones,
sobre o também guitarrista Eric Clapton, que acaba de revelar o seu desejo de entrar para a banda
"Forty Licks" dos Rolling Stones

"Forty Licks" é o 'best of' mais completo da carreira dos Rolling Stones. Inclui 36 canções remasterizadas e quatro temas inéditos: "Don't Stop", "Losing My Touch", "Keys To Your Love" e "Stealing My Heart".

Os Rolling Stones são considerados como uma das mais importantes bandas de rock de todos os tempos, tendo começado a tocar em Londres, na Inglaterra, em 1962. Liderados por Mick Jagger e Keith Richards, os Rolling Stones editaram o seu primeiro álbum homónimo de originais em 1964.

"...A glimpse of you was all it took
A stranger's glance, it got me hooked
And I followed you across the stars
I looked for you in seedy bars

What are you scared of, baby
It's more than just a dream, I need some time
We make a beautiful team, a beautiful team

Well, love is strong and you're so sweet (you're so sweet)
And some day, babe, we got to meet (got to meet)
Just anywhere out in the park, out on the street and in the dark
I followed you through swirling seas down darkened woods with silent trees.."

17 de setembro de 2003

Alca, um Iraque silencioso

No período de 01 a 07 de setembro, a coordenação da campanha nacional contra a ALCA, em conjunto com o Grito dos Excluídos, promoverá uma campanha de recolhimento de assinaturas para um abaixo-assinado que exige: a realização imediata de uma auditoria pública sobre a dívida externa brasileira conforme determina a constituição federal; a imediata anulação do acordo de cessão da base de Alcântara aos Estados Unidos e a convocação de um plebiscito oficial sobre a ALCA, ainda em 2003.




"Osama" (Siddiq Barmak) retrata a vida de uma garota sob o regime do Taliban

O filme conta a história de uma menina que é forçada a se fazer passar por menino para escapar da opressão exercida sobre as mulheres pelo Taliban, que fazia guarda a Osama bin Laden e sua rede Al Qaeda.

A personagem de Golbahari corta o cabelo e veste a roupa de seu pai depois que o Taliban fecha o hospital onde sua mãe viúva trabalhava. A mãe decide que a garota vai "virar homem" para poder sustentar a família. Se fosse desmascarada, ela seria julgada pelo Taliban e correria o risco de ser condenada à morte.











16 de setembro de 2003


A marca de bebida Johnnie Walker Red Label veicula anúncio de sua famosa campanha "Keep Walking", com layout diferente. A peça, criada pela Leo Burnett, será veiculada na primeira edição da revista "Volume 01", que chega às bancas no dia 19 deste mês, e acompanha o estilo da publicação, especializada em música eletrônica. Desta vez a frase "Por mais longe que você tenha ido sempre é possível dar um passo a mais", do DJ Juniot, aparece no centro de um disco de vinil. A criação é de Airton Carmignani e Cesar Herszkowicz e a direção de criação é de Ruy Lindenberg e Bruno Prosperi.

(MMonline)

Gostei, pura nostalgia!




15 de setembro de 2003

Porque me ufano:
Apenas 25% dos brasileiros entre 15 e 64 anos têm domínio pleno da leitura. Os 75% restantes são analfabetos (8%), ou não conseguem dominar plenamente a escrita e a leitura (67%).

Por isso, em 11/09, vamos deixar livrinhos de colorir pelas ruas...

Lembram-se do tal do terrorismo? Torres caindo? Campanhas por um "terrorismo poético"? - é disso que estou falando ..
Série Bebidas


Ilustração neoclássica de Leonetto Cappiello
Arte no vinho
A arte, em todas as suas vertentes, sempre foi considerada um fenómeno universal e intemporal. Nos últimos cem anos, ela associou-se ao fenómeno emergente da publicidade. E, em Portugal, o vinho foi um dos negócios que primeiro se aperceberam desta oportunidade dourada
SE FOSSE possível estabelecer uma data para o nascimento da publicidade - e da sua paixão ambígua pela arte -, não repugnaria ao amador destas coisas admitir que a França dos finais do século XIX produziu alguns dos precursores desse fenómeno mediático atualmente associado a todo e qualquer tipo de comércio.
Curiosamente, o Portugal que bolsava ódios políticos de vários quadrantes e se enterrava no lamaçal da insolvência e do atraso não foi alheio ao fenómeno de que a França se apresentava - a par de muitas outras descobertas e novidades - como precursora. Quase na mesma época em que a «arte menor» dos cartazes dava os seus primeiros mas já seguros passos, um conhecido comerciante de vinhos com gostos e tendências actualizados ciclicamente em Paris iniciava uma das primeiras e talvez a mais potente campanha de «marketing» e publicidade que à época se poderia imaginar.
Adriano Ramos Pinto, fundador da empresa de vinhos do Porto do mesmo nome, investiu fortemente nesse reino ainda praticamente desconhecido da publicitação de produtos, utilizando brindes, frases persuasoras, colagens perversas à retórica mística, poesia dirigida, painéis de azulejos e escultura... E, acima de tudo, a arte dos cartazes, de que vislumbrara já as potencialidades promocionais nas suas assíduas visitas à cidade-luz.

«Ele tocava todos os instrumentos da publicidade. Usou tudo: oferecia taças para campeonatos de futebol, alas inteiras de hospitais, conseguiu que o avião de Gago Coutinho e Sacadura Cabral levasse uma das suas garrafas - utilizando depois o facto como efeito promocional - e ofereceu uma enorme fonte em mármore de Carrara ao município do Rio de Janeiro.» Graça Nicolau de Almeida, directora do arquivo da Adriano Ramos Pinto, destaca até um aspecto que hoje em dia só daria motivo para umas boas risadas: «Em 1897, ele mandou para o Brasil um 'croquis' de um dos seus cartazes para saber se o consideravam impudico. É que na alfândega não deixavam entrar desenhos de nus...»
Foram vários os artistas contratados por Adriano Ramos Pinto para as suas actividades promocionais. O italiano Leonetto Cappiello - o mais famoso desenhador de cartazes do início do século - e o triestiano Leopoldo Metlicovitz foram sem dúvida os dois mais importantes artistas que colaboraram nas suas campanhas publicitárias.
De Metlicovitz ficaram célebres os cartazes da série «Tentações». Imagine-se um infeliz Santo Antão, já meio despido, de mãos postas numa última mas já inútil prece, rodeado por sensuais mulheres nuas que lhe estendem, cada uma, o seu cálice de Porto e a promessa de muito calor suplementar... Em primeiro plano, o corpo feminino é esplendoroso no recorte do seio, de mamilo erecto, e na magnificência do torso e das generosas nádegas. «Mais adiante, por detrás de Sant'Antão, outras três mulheres deitadas estendem cálices, sorrindo sensualmente, meio dormidas na noite que envolve o anacoreta», descreve José-Augusto França no seu texto Cappiello e Outros Numa Publicidade Artística Portuguesa, onde explica o fenómeno de «marketing» desenvolvido por Adriano Ramos Pinto.
Do celebrado Leonetto Cappiello, Adriano Ramos Pinto recebe um primeiro cartaz que corresponde à proporcionalidade da posição da sua empresa no mercado sul-americano: ao centro, um gigante sorridente, coroado de louros e vestindo um «collant» verde e uma camisola vermelha, avança a enormes passos sobre uma multidão de minúsculos personagens, que fogem, apavorados, abraçando as suas também minúsculas garrafinhas. O «lettering» é objetivo: «Vinho do Porto Adriano Ramos Pinto» preenche o cimo e o lado esquerdo do cartaz, que é rematado do lado direito com «O maior de todos». Cappiello fará ainda um outro cartaz para o negociante portuense, exactamente um ano antes da morte deste, que ocorreu em 1927, mas já longe da sensualidade agressiva que caracterizara as primeiras obras.

12 de setembro de 2003

Estagnação das idéias
Falta de apetite criativo
Não vou mais falar nada..
Nunca mais.

Estou doente

11 de setembro de 2003


Depois da febre das sitcoms durante os anos 80, aquele género começou a cansar. Mas, numa altura em que já ninguém prestava tanta atenção àquelas séries, surge o Seinfeld e foi uma verdadeira lufada de ar fresco.

Os personagens são, todos eles, hilariantes. É fácil identificarmo-nos com eles, pois concentram todas as características que no dia-a-dia tentamos esconder em nós próprios, sem nos apercebermos de que podem ser tão divertidas. Sem ter uma história tradicional nem uma família como protagonista, o Seiflend é mais leve, mas fácil de acompanhar sem cansar. E para além de tudo isso, a série é hilariante.


me beija . Agora .

'Cavalo-bomba' mata oito na Colômbia'

"Uma bomba atada a um cavalo explodiu em um mercado no nordeste da Colômbia, matando pelo menos oito pessoas, inclusive uma criança de dois anos, na quarta-feira."

Qual será a intenção desta chamada?
Dar pena em relação ao cavalo, às oito pessoas que morreram ou simplesmente ser muito ruim?
Dá uma olhadinha vai...
"Quando a primavera chegava, mesmo que se tratasse de uma falsa primavera, nossos problemas desapareciam, exceto o de saber onde se poderia ser mais feliz. A única coisa capaz de nos estragar um dia eram pessoas, mas se se pudesse evitar encontros, os dias não tinham limites. As pessoas eram sempre limitadoras da felicidade, exceto aquelas poucas que eram tão boas quanto a própria primavera. "
(Ernest Hemingway)

Bem-vind@s à primavera.


Eu tenho ou não tenho razão????
Éramos muito melhores e mais criativos uma vez...

10 de setembro de 2003

"A partir dos anos 50, C. Wright Mills, toma como alvo de sua crítica radial a sociologia de "burocrata" ou de "funcionário da inteligência". Ele recusa-se a dissociar o lazer do trabalho, a definir o lazer como "problema especial em um domínio separado". Propõe uma reflexão sobre o "lazer autêntico" que deveria permitir um distanciamento em relação às formas múltiplas da cultura comercial. Um lazer que não faça do indíduo um "robô alegre"."

9 de setembro de 2003


1968 – (em 13 de dezembro, o Ato Institucional no.5 (AI-5) fecha o Congresso)

"Com o lançamento do disco 'Tropicália – Panis Et Circenses', com Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Nara Leão, Os Mutantes e o maestro Rogério Duprat, o tropicalismo é oficialmente reconhecido como manifesto e nova proposta musical, inspirado na tese antropofágica da Semana de Arte Moderna de 22, possibilitando o desdobramento do movimento em trabalhos individuais de seus principais protagonistas em releituras e novas perspectivas para a música brasileira.

Participaram do movimento, Tom Zé, os letristas Torquato Neto e Capinam, os maestros arranjadores Júlio Medaglia e Damiano Cozzela. Pela defesa da música brasileira, o tropicalismo incorporou, com muita polêmica, o uso da guitarra elétrica, de gêneros como o bolero, o carnaval, as músicas de raiz e elementos do rock. O nome Tropicália foi extraído por Caetano de uma instalação do artista plástico Hélio Oiticica."

8 de setembro de 2003

Genialidade, Rivalidade e boa música

"Em 1966, quando Revolver havia sido lançado e sons nunca ouvidos invadiram ocidente, uma batalha atlântica se desenrolava. Era a disputa entre Beatles e Beach Boys pela criação do "álbum genial do rock". Os resultados dessa briga até hoje são insuperáveis. Enquanto a mídia propagava rivalidades entre Beatles e Stones, Lennon e McCartney sabiam que o desafio não estava em Manchester, mas na Califórnia. Seus únicos competidores eram os Beach Boys. Como os Beatles, passaram de um som ingênuo para complexos arranjos e letras sérias. O combate era desigual. De um lado estavam os Beatles, ajudados por George Martin. Do outro lado havia Brian Wilson. Surdo de um ouvido, baixista e pianista. Assim como Beethoven, foi criado pelo pai para ser um gênio. Murry Wilson notou que seu filho tinha talento para a música.

Ao ouvir o "Rubber Soul", dos Beatles em 1965, Brian concentrou seus esforços na criação de um álbum homogêneo, sem sucessos fáceis mas com uma complexidade musical fora de qualquer padrão anterior. Meses depois nascia o "Pet Sounds", considerado pelo londrino "New Music Express" o melhor álbum do rock.

Em entrevista ao "Melody Maker" ele prometeu: "Nosso próximo álbum sera melhor que o ´Pet Sounds´".

Mas coisas não estavam boas. O relativo fracasso de "Pet Sounds" preocupava os executivos da Capitol e os outros Beach Boys. Havia um medo generalizado no ar de que o novo disco, intitulado "Dumb Angel", fosse um fracasso comercial. As exigências do pai, da gravadora, dos outros integrantes da banda, somado ao uso de drogas e uma personalidade extremamente sensível foram se acumulando durante as seções de gravação.
Reintitulado "Smile", o álbum consumiu meses de trabalho. Vocais, instrumentos, regência de orquestra, arranjos para cordas, metais, madeiras e todo tipo de som. Determinado a encontrar os exatos sons para cada trecho e criar paisagens sonoras jamais vistas, Brian exigia tudo de si e de seus músicos nas seções de gravação. O projeto foi cercado de mistério e desconfianças.

Em 1967 ele estava esgotado pelo trabalho e pela composição, sem contar os litígios com a gravadora, problemas pessoais e familiares. Brian Wilson anunciou que "Smile" não seria lançado. Pouco tempo depois, os Beatles venciam a guerra com sob o comando do Sargento Pimenta. O "álbum genial do rock" já estava com o público. Brian tornou-se praticamente um recluso e a carreira dos Beach Boys desceu morro abaixo. "Smile" só existe na forma de botleg. Há várias caixas de "Smile Sessions" e cerca de 40 minutos de material na caixa oficial "30 years of Good Vibrations". E, na internet, vale a pena garimpar alguns mp3.

Algumas faixas do material abandonado foram lançadas em outros discos. Os fragmentos deixam entrever um álbum excepcional. Brian chamava-o de "uma sinfonia adolescente para Deus". "Smile" está mais próximo do clássico que do pop. Temas musicais atravessam todo o disco, a orquestração agrupa timbres e formações instrumentais para criar sons novos, próximos da mente de Brian mas distantes do mundo exterior. "Smile" continua sendo um dos mistérios da história da música. E, como todo mistério, tem muito mais charme quanto mais sabemos que se trata de um curioso quebra-cabeças no qual várias peças não fazem sentido e outras não existem - exceto, talvez, nas idéias de Brian Wilson. "


Fonte: Revista Zero

Quem nunca ouviu Beach Boys experimente ouvir Let The Wind Blow do álbum Smile, você vai se surpreender.

5 de setembro de 2003


"Ooo, your kisses (oo)
Sweeter than honey (oo)
And guess what? (oo)
So is my money (oo)
All I want you to do (oo) for me
Is give it to me when you get home (re, re, re ,re)
Yeah baby (re, re, re ,re)
Whip it to me (respect , just a little bit)
When you get home , now (just a little bit)

R-E-S-P-E-C-T
Find out what it means to me
R-E-S-P-E-C-T
Take care , TCB

Oh (sock it to me, sock it to me,
sock it to me, sock it to me)
A little respect (sock it to me, sock it to me,
sock it to me, sock it to me)
Whoa , babe (just a little bit)
A little respect (just a little bit)
I get tired (just a little bit)
Keep on tryin' (just a little bit)
You're runnin' out of foolin' (just a little bit)
And I ain't lyin' (just a little bit)
(re, re, re, re) 'spect
When you come home (re, re, re ,re)
Or you might walk in (respect , just a little bit)
And find out I'm gone (just a little bit)
I got to have (just a little bit)
A little respect (just a little bit) ..."


Eu acordei hoje desejando o amanhã
Não quero ser como ninguém
Nem quero ser eu mesmo

Diga do que voce gosta

Não me importa se o mundo está acabando hoje
Eu não fui convidado mesmo

Entretanto convido a todos para fazer
CABUM CABUM CABUM CABUM

Soberbo?
placebo?
enxerto?

Sei lá

Seria divertido

4 de setembro de 2003

MARIA-SEM-VERGONHA DE SER MULHER

Já são tantas.
Milhares...Milhões.
Uma verdadeira rama, florescendo por todo o planeta.
Lilás.
São Maria-sem-vergonha de ser mulher.
Não são florzinhas.
São mulheres se agrupando, misturando cores, gritando
encantos,
exibindo suas verdades.

São domésticas, bailarinas, médicas, estudantes,
bancárias,
professoras, escritoras, garis, brancas, negras,
índias, meninas...agricultoras...

São sem-vergonha de lutar, acreditar, denunciar,
exigir, reivindicar, sonhar...

São Maria-sem-vergonha de dizer que ainda falta
trabalho, salário digno, respeito...que ainda são
vítimas da violência física, da porrada, do assédio,
do estupro, do aborto, da prostituição, da falta de
assistência...

São Maria-sem-vergonha de se indignar diante do
preconceito, da escravidão, da injustiça, da
discriminação de seus cabelos pixaim e à sua pele
negra...

São Maria-sem-vergonha de brigar por creches,
educação, saúde, moradia, terra, comida, meio
ambiente...

São Maria-sem-vergonha de ficar bonita, pintar a boca
e da sua boca soltar um beijo que não vem da boca, mas
do seu ser inteiro, indivisível, solidário.

São Maria-sem-vergonha de dizer NÃO, de buscar
alegria, prazer...

Sem vergonha de se cuidar, de usar camisinha e de se
apaixonar.

Atrevidas.

Maria sem vergonha de decidir, fazer política,
escolher e ser escolhida.
São essas sem vergonha que a cada tempo mudam a
história.
Conquistam direitos.
Dão a vida.
Geram outras vidas.
Insistentemente, desavergonhadamente vão tecendo de
cor e beleza, o desbotado das relações humanas.

Sem medo, sem disfarce, sem vergonha de ser feliz vão
parindo com dores e delícias um novo mundo prá
mulheres e homens.

Um novo mundo prá "comunidade dos seres" humanos,
plantas e animais.

3 de setembro de 2003

"Um edifício cinzento e atarracado, de apenas trinta e quatro andares, tendo por cima da entrada principal as palavras:

CENTRO DE INCUBAÇÃO E DE CONDICIONAMENTO DE LONDRES-CENTRAL

e, num escudo, a divisa do Estado Mundial:

COMUNIDADE, IDENTIDADE, ESTABILIDADE

A enorme sala do andar térreo estava virada ao norte. Apesar do Verão que reinava no exterior, apesar do calor tropical da própria sala, apenas fracos raios de uma luz crua e fria entravam pelas janelas. As batas dos trabalhadores eram brancas, e as suas mãos, enluvadas em borracha pálida, de aspecto cadavérico. A luz era gelada, morta, espectral, Apenas dos cilindros amarelos dos microscópios ela recebia um pouco de substância rica e viva, que se espalhava ao longo dos tubos como manteiga.

— Isto — disse o Diretor, abrindo a porta — é a Sala da Fecundação."

(Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley)
Ela é meu treino de futebol :: Ela é meu domingão de sol :: Ela é meu esquema :: Ela é meu concerto de Rock'n'Roll :: Nação, minha torcida gritando gol :: Minha Ipanema :: Ela é meu curso de anatomia :: Ela é meu retiro espiritual :: Ela é meu desfile internacional :: Ela é meu bloco de carnaval :: Minha evolução... :: Galega, tento descrever :: O que é estar com você :: Princesa, todos vão saber :: Que eu estou muito bem com você :: Ela é minha ilha da fantasia :: A mais avançada das terapias :: Meu playcenter :: Ela é minha pista alucinada :: A mais concorrida das baladas :: Meu inferninho :: Ela é meu esporte radical :: Poderosa, viciante, mas não faz mal :: Meu docinho :: Ela é um gol :: Minha chapação :: Galega, nem da pra dizer :: O que é estar com você :: Princesa, todo mundo vê :: Que eu sou mais...

2 de setembro de 2003

Por que usamos drogas?

A explicação mais aceita pelos pesquisadores é que os seres humanos usam drogas pela razão mais óbvia:
porque elas dão prazer.

E o universo psicoativo oferece prazer para todos os gostos. Quem gosta da sensação de ficar excitado,
ligadão, apreciará os efeitos dos estimulantes como a cafeína, a cocaína ou a anfetamina. Os que procuram
relaxamento vão preferir álcool, opiáceos ou tranquilizantes. Mas há quem queira, simplesmente, ver as
coisas de uma maneira diferente. Esses, em geral, escolhem os alucinógenos, como o LSD e a maconha.
"A propaganda constitui o único meio de suscitar a adesão das massas; além disso, é mais econômica que a violência, a corrupção e outras técnicas de governo desse gênero"

(Lasswell)
Você já assistiu Laranja Mecânica?

{} Stanley Kubrick certa vez declarou que, se não pudesse contar com Malcolm McDowell, provavelmente não teria feito Laranja Mecânica.

{} No livro, o sobrenome de Alex em momento algum é revelado. Comenta-se que DeLarge seja uma referência a um momento no livro em que Alex chama a si mesmo de "Alexander the Large".



{} Basil, a cobra, foi colocada nas filmagens após o diretor Stanley Kubrick descobrir que Malcolm McDowell tinha medo delas.

{} O livro em que Frank Alexander trabalhava quando Alex e sua gangue invade sua casa chamava-se "A clockwork orange".

{} Stanley Kubrick propositalmente cometeu alguns erros de continuidade em Laranja Mecânica. Os pratos em cima da mesa trocam de posição e o nível de vinho nas garrafas muda em diversas tomadas, com a intenção de causar desorientação ao espectador.

{} O filme foi retirado de cartaz no Reino Unido a mando de Stanley Kubrick. Irritado com as críticas recebidas, de que Laranja Mecânica seria muito violento, Kubrick declarou que o filme apenas seria exibido lá após sua morte.

{} A linguagem utilizada por Alex foi inventada pelo autor Anthony Burgess, que misturou palavras em inglês, em russo e gírias.

1 de setembro de 2003

MANHÃ DOS 40
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Na manhã dos meus 40 anos penso na vaidade dos homens.
Dos que vivem pelo corpo e não no corpo.
Dos que malham seus músculos e os deixam rígidos,
todavia suas almas são moles e "brocham" nos momentos que a natureza
apaga suas luzes.
Dos que pintam o rosto, mas não colorem a aura de dourado e azul.
Dos que tingem o cabelo de dourado, mas jamais tornam suas idéias
brilhantes.
Dos que fazem flexões, porém nunca reflexões!
Dos que levantam pesos, mas deixam de aliviar suas cargas.
E na plena manhã dos meus 40, eu tive uma bruta certeza.
Que a vida humana na Terra parece uma viagem de férias!
Onde seguem, os turistas, inconscientes, pagando seus pedágios.
Rumam aos oceanos da estupidez e, literalmente, descem as serras.
Passam protetor solar fator 20, todavia queimam, duramente, a pele da
aura.
Tiram suas vestes, oferecem a carne, mas deixam sua alma a
descoberto.
A vaidade se vai na idade.
Quando se descobre que é preciso se descobrir afinal.
Quando se percebe que é necessário percepção.
Quando se sente que não amamos o suficiente.
Quando se toca que é tempo de se tocar.
Quando se aprende que, definitivamente, passamos de ano,
mas somos reprovados por faltas e por provas.
E na plena manhã dos meus 40,
eu já não tenho mais certeza de nada.
Deixo de apagar as velinhas para acender uma luz,
que o meu coração cisma em acender cada vez que eu busco a
imortalidade.
Eu não faço anos, os anos é que me fazem!

Provocado pelo vôo de uma abelha,
em torno de uma romã, um segundo antes de acordar.


O desejo de exploração do fantástico mundo dos sonhos que povoam a mente humana está muito bem representado nas figuras inusitadas desse quadro. O corpo feminino, sensualmente representado, é de Gala, mulher de Dalí.

Observe que ela não está deitada sobre a pedra, mas flutua sobre ela, com uma das pernas dobrada, cercada pelo oceano, geralmente um símbolo do inconsciente. Embaixo do corpo, vemos uma pequena abelha e uma romã. À esquerda, outra romã, enorme, de onde sai um peixe de cuja boca sai um tigre, ladeado por outro tigre, pintados com precisão acadêmica. A idéia de ferocidade dos tigres é reforçada pela baioneta que fere o braço da mulher, que, no entanto, continua a dormir placidamente. Completando o universo onírico do quadro, temos, ao longe, um elefante com longas pernas de pau, como se fosse um figurante de um circo fantástico.
Dalí explorou obsessivamente o universo dos sonhos em seus quadros. Um dos mais famosos tem, justamente, o título de O sonho, pintado em 1931.