28 de abril de 2007




NA JANELA

Quando comeca o inverno, de uma janela desse quinhao gelado posso ver as folhas caindo no chao, os passarinhos cantando de manha, sentir o sol esquentando devagar e lagartear ao meio dia.

De repente voce acorda e ao voltar da padaria, ainda meio sonolento, encontra no meio da cidade uma vaca andando com aquela calma que toda vaca tem. Se nao acordar de susto corre o risco de dar um bom dia para a vaca.

So num lugar assim que se pode sentir a vida, e filosofar enfim, sem pressa. E aqui nao faltam ouvidos agucados e pensamentos afiados para divagar sobre uma bobagem qualquer, principalmente as que facam rir.

Acho que com tudo isso eu deveria me sentir plenamente feliz, mas como as necessidades crescem a medida que evoluimos, tem sempre algo faltando.

Falta um desafio...
Vou ver se acho um e ja volto.






26 de abril de 2007




PRESTASPIONS UMERIGATES

Quero te contar de um segredo que tenho
Uma lembranca me vem e o tempo para
Tenho saudade de um tempo
Que um pouco vago me lembro
De cada porre de vinho
E de cada banho de lago

Tinha seissentos amigos por dia
Tinha aula mas nao trabalhava
So que o tempo passava
E nele eu me distraia
Por ter do lado as pessoas que amava

Mas a festa nao durou pra sempre
Como desce o rio a vida passa
E de seissentos me vi de repente
Com o pensamento longe, ausente
Por que assim não tem mais graça.

Dos Mapholens e dos Hainevons
Bico de morcego