1 de setembro de 2003


Provocado pelo vôo de uma abelha,
em torno de uma romã, um segundo antes de acordar.


O desejo de exploração do fantástico mundo dos sonhos que povoam a mente humana está muito bem representado nas figuras inusitadas desse quadro. O corpo feminino, sensualmente representado, é de Gala, mulher de Dalí.

Observe que ela não está deitada sobre a pedra, mas flutua sobre ela, com uma das pernas dobrada, cercada pelo oceano, geralmente um símbolo do inconsciente. Embaixo do corpo, vemos uma pequena abelha e uma romã. À esquerda, outra romã, enorme, de onde sai um peixe de cuja boca sai um tigre, ladeado por outro tigre, pintados com precisão acadêmica. A idéia de ferocidade dos tigres é reforçada pela baioneta que fere o braço da mulher, que, no entanto, continua a dormir placidamente. Completando o universo onírico do quadro, temos, ao longe, um elefante com longas pernas de pau, como se fosse um figurante de um circo fantástico.
Dalí explorou obsessivamente o universo dos sonhos em seus quadros. Um dos mais famosos tem, justamente, o título de O sonho, pintado em 1931.

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