21 de novembro de 2003

"Depois de meses de ataques constantes dos Democratas contra o presidente Bush, o Partido Republicano está respondendo com sua primeira propaganda na campanha presidencial. Ela mostra o presidente combatendo o terrorismo, enquanto seus concorrentes tentam enfraquecê-lo com seu tiroteio.

O comercial dá a primeira indicação dos temas da campanha de Bush. Ele mostra Bush durante o último discurso do Estado da Nação, fazendo uma advertência sobre persistência das ameaças. "Nossa guerra contra o terror é uma luta de determinação, na qual a perseverança é poder", diz Bush, enquanto aparece na tela a denúncia: "Algumas pessoas estão criticando o presidente por atacar os terroristas."

Ao invocar indiretamente os ataques de 11 de setembro, o comercial usa o que os membros da Casa Branca há muito argumentam que é a maior vantagem política de Bush: a forma como reagiu aos ataques terroristas."

Fonte: The New York Times

No livro Controle da Mídia - Os espetaculares feitos da propaganda Noam Chomsky, fala justamente sobre essas questões. A denúncia da democracia do espectador, em que o cidadão comum, vivendo sob aparentes condições de liberdade mas solitário diante da TV, tem suas escolhas determinadas pela propaganda. É o que explica o apoio da maioria do povo norte-americano às sucessivas aventuras bélicas dos Estados Unidos. Apesar da idéia parecer manjada e da propaganda ter fama de ser exagerada, ilusionista e falaciana, tem funcionado à muitos anos, desde as primeiras guerras, até as mais recentes, passando pelo Vietnã, Camboja, Irã, e os novos atentados. Desde que descobriram as estratégias de marketing, os EUA passaram a dominar até mesmo grandes potências como a Inglaterra (algum duvida disso?).



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