"Há uma grande diferença entre se ajoelhar e ficar de quatro."
Frank Zappa
Eu entrei no avião e ela veio em seguida. Linda. Bem vestida, cheirosa.
Maravilhosa. Passou por mim como uma deusa, ciente de sua majestade. Fiquei impressionado. Como pode existir uma mulher assim?
Pois no vôo de volta, lá estava ela outra vez. Que sorte a minha! Desci do avião e entrei naquele ônibus desgraçado de Congonhas, a caminho da ala de desembarque. Vi que ela vinha ao longe, puxando sua malinha e mais uma vez apreciei o desfilar da deusa. Aí ela torceu o pé e caiu. Levando junto toda minha admiração pela deusa que, agora, não passava de um desconjuntado monte de carne e roupa, descabelado e amassado, esparramado no chão. Não sei o que foi pior, o ridículo da situação ou o choque que destruiu em mim aquela aura mítica, da deusa intocável.
Lembrei de um presidente dos EUA caindo na escada do avião. Lembrei da
supermodelo torcendo o pé na passarela. E daquela miss que nos anos 70 desabou ao descer a escada...
O preso Alexandro Gonçalves, 24, protagonizou uma tentativa de fuga espetacular, ontem, em Jundiaí, interior de São Paulo.
Alexandro, que cumpre pena num presídio do interior paulista, foi retirado da cela por policiais e, algemado, seguiu para o Fórum de Jundiaí. Enquanto aguardava audiência, Alexandro quebrou um dos ossos da própria mão para conseguir libertar-se das algemas.
Com as mãos livres, correu pelo Fórum, abriu uma janela e saltou do segundo andar do prédio para a rua. Alexandro subiu num ônibus em movimento para seguir na fuga. A polícia, no entanto, cercou o coletivo e conseguiu recapturar o fugitivo.
A audiência no Fórum poderia conceder benefícios ao preso, que se comporta bem na cadeia. Agora, Alexandro terá os benefícios suspensos.
Em plena era de Internet comercial, o spam é uma das principais perturbações para internautas, administradores de redes e provedores, de tal forma que o abuso desta prática já se tornou um problema de segurança de sistemas. Além disso, é também um problema financeiro, pois vem trazendo perdas econômicas para uma boa parte dos internautas e lucro para um pequeno e obscuro grupo.
Mas originalmente, SPAM foi o nome dado a uma marca de presunto picante (SPiced hAM, em inglês, de onde surgiu a sigla) enlatado da Hormel Foods, uma empresa norte-americana que vende o produto desde 1937. E como o nome de uma comida enlatada se tornou sinônimo de uma das piores pragas da Internet? A resposta é, curiosamente, o grupo de comediantes britânicos Monty Python.
Em um quadro de seu programa de TV na década de 70, eles encenaram uma cena surreal em um restaurante que servia todos os seus pratos com SPAM. A garçonete descreve para um casal de clientes os pratos repetindo a palavra "spam" para sinalizar a quantidade de presunto que é servida em cada prato. Enquanto ela repete "spam" várias vezes, um grupo de vikings que está em outra mesa começa a cantar "Spam, spam, spam, spam, spam, spam, spam, spam, lovely spam! Wonderful spam!", interrompendo-a.
A primeira mensagem não-solicitada enviada por e-mail de que se tem notícia foi um anúncio da DEC, fabricante de computadores, que falava sobre a nova máquina DEC-20, em 1978. A mensagem, que foi enviada na ARPAnet (Advanced Research Projects Agency Network, rede de pesquisa avançada do Departamento de Defesa dos EUA, que deu origem à Internet), dava detalhes sobre o novo produto e convidava as pessoas para apresentações na Califórnia. O spam gerou polêmica na rede por violar as regras de uso da ARPAnet e um dos comentários mais curiosos da época é o do guru do GNU/Linux, Richard Stallman. No comentário, Stallman diz que não acha o spam um problema, posição totalmente contrária à que tem hoje.
Atualmente, a Hormel Foods ainda detém a marca registrada SPAM, além de um site com o domínio Spam.com, no qual se encontram informações legais e de copyright sobre a marca, links para suvenires e lembranças com o nome SPAM, fotos ampliadas de latas de SPAM e até um museu do SPAM, que obviamente não tem nada a ver com o site anti-spam de mesmo nome que havia no Brasil até o início deste ano.
Na verdade, a Hormel mantém certas reservas em relação à identificação de sua marca com uma prática comercial que vem despertando a ira de consumidores da Internet mundial. Em seu site, a empresa faz questão de frisar que se opõe ao envio de mensagem comercial não-solicitada e nunca se engajou nessa prática. Mas afirma que não vê problema no uso da gíria "spam" para designar tais mensagens, contanto que a imagem do produto que vende não seja associada com o termo e que, relacionada a mensagens eletrônicas, a palavra seja escrita com letras minúsculas. A palavra SPAM, com letras maiúsculas, deve ser usada apenas para indicar o produto alimentício, de acordo com o desejo da Hormel.