14 de junho de 2004

Não imaginava que um espião fosse tão barato



Governo discute medidas contra suposto espião


A equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá hoje com o general Jorge Armando Félix, do Gabinete de Segurança Institucional, para analisar medidas que serão tomadas sobre a existência de um suposto espião dentro do Palácio do Planalto. De acordo com a revista Veja, um alto funcionário que atua como assessor ministerial estaria repassando informações sigilosas e intrigas do poder a terceiros, adversários políticos do ministro da Casa Civil, José Dirceu, e da prefeita de São Paulo, Marta Suplicy.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, assessores do presidente consideraram "grave" a informação. O temor no governo é que a revelação acabe amplificando a crise de relacionamento entre ministros na semana de votação, no Congresso, da medida provisória que fixa o salário mínimo em R$ 260. A reportagem da Veja diz que a presença do "araponga" foi descoberta há dois meses, mas o governo ainda não conseguiu descobrir sua identidade. Sabe-se apenas que ele trabalha para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Além de colaborar com adversários do governo, o espião também pode estar querendo pescar segredos do poder para galgar postos na administração pública.

As investigações do governo apontam para dois suspeitos, ambos funcionários da Abin com trabalhos para o tucano José Serra no currículo. O espião teria recebido R$ 10 mil para começar o trabalho e agora embolsa R$ 2,5 mil por mês.
Fonte: Terra

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