Mas Ronnie, o príncipe do iê-iê-iê, cantava aquelas musiquinhas medíocres a contragosto. Se dependesse dele, estaria fazendo rock psicodélico. (..)
O disco com Os Mutantes (e os Beat Boys), lançado em 1967, arranjado por Rogério Duprat, traz, entre outras coisas, um cover para uma canção dos Hollies - Lullaby To Him, uma composicão de Caetano Veloso, que divide com ele os vocais, e uma enfiada de músicas estranhas. No mesmo ano de 1967, de sua parceria com o grupo Baobás que, a seguir, teve o ex-Mutantes e atual produtor Liminha entre seus membros, resultou o compacto com Winchester Catedral, em versão de Fred Jorge, e Menina Azul, em parceria com o guitarrista do grupo, Ricardo Contins. Mas foi com o disco seguinte, intitulado apenas Ronnie Von (veja na seção Discos Raros), lançado em 1968, que o Pequeno Príncipe perdeu definitivamente a inocência, desafiando padrões, fórmulas e pré-conceitos. (..)
#Ronnie Von - 1968

Um dos grandes discos da psicodelia e do tropicalismo, que traz o cantor da Jovem Guarda, Ronnie Von, acompanhado por orquestra e conjunto - Os Brasas, com arranjos e produção musical do maestro concretista Damiano Cozzella, parceiro de Rogério Duprat.
Quarto disco de Ronnie Von, depois dos sucessos de Meu Bem/Girl (The Beatles) e A Praça, e do também raro terceiro álbum, com Os Mutantes, marcou o rompimento do artista com a fórmula clássica da Jovem Guarda. No álbum, Ronnie Von apresenta experimentalismos inéditos para época, que deram uma característica de vanguarda tão radical à obra, que o músico terminou praticamente alijado do mercado discográfico nacional. (..)
Nenhum comentário:
Postar um comentário