INSALUBRE
Insolúvel mente, em pensamentos que desmentem
Nada além de gente que não entende a gente
O que faço por você é para meu próprio bem
Tudo gira em torno de mim e mais ninguém
Admita o egoísmo de seus sentimentos
O bem dos outros serve só para nosso alento
Para que não se sinta tão solitário e cruel
Mas se morrer não vai pro céu, apenas cobrirá com véu
Livrando-se da culpa, dando a outro o papel de réu.
Nossa feliz cidade está dormindo como uma criança
Que no natal ainda guarda a vil esperança
De ter realizado todos os desejos, vindos de um saco
Sem saber que a meta sem objetivo apenas gera o fraco.
Impossível saber, mesmo assim, se enquanto eu viver
Terei um dia ao morrer separado o corpo da mente
Se sou apenas uma criação demente vil e crente
Que segue sem rumo ao abismo entregue ao cinismo
De ter sido feliz.
Dos Mapholen e dos Hainevons
Bico de Morcego
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