16 de novembro de 2004


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Pais e professores precisam ficar atentos a sintomas como hiperatividade, dificuldade de aprendizagem e aversão à escola, porque por trás deles pode haver crianças e adolescentes superdotados.

Esta é uma das principais recomendações apresentadas por especialistas internacionais no V Congresso Ibero-Americano de Superdotação e Talento, realizado na cidade de Loja, 635 quilômetros ao sul de Quito, de 10 a 13 de novembro.

Julián de Zubiría, diretor do Instituto Alberto Merani da Colômbia, disse à EFE que "pais e professores devem estar atentos a crianças com vocabulário muito rico, construções gramaticais brilhantes e capacidade para a música".

"Tudo isso revela muitas vezes uma superdotação intelectual, assim como o humor negro, que denota sentido crítico, paixão e liberdade de pensamento", acrescentou Zubiría.

O especialista espanhol Juan A. Alonso afirmou que "em muitas ocasiões vivemos o drama de crianças que sofrem fortes crises de adaptação e experimentam fracassos escolares porque ninguém foi capaz de perceber que essas dificuldades eram causadas por seu talento e capacidade acima da média".

O especialista, um dos doze que participam do Congresso, destacou que "é fundamental sensibilizar pediatras, psicólogos e professores para estes problemas, e realizar de forma sistemática e habitual provas e testes que permitam detectar na escola os alunos superdotados.

Mais de 500 profissionais da educação e estudantes participam deste Congresso, organizado pela Universidade Técnica Particular de Loja.

Alonso explicou que "os professores que não estão sensibilizados para o assunto freqüentemente se mostram desinteressados e inclusive hostis com seus alunos diferentes, mas sua atitude muda radicalmente quando são ensinados a reconhecê-los".

O especialista espanhol, vice-presidente do Comitê Europeu para a educação de crianças e adolescentes superdotados, disse que "se o aluno com capacidades especiais não é detectado a tempo, essas características podem se anular por falta de desenvolvimento adequado".

Yolanda Benito, doutora em psicologia pela Universidade holandesa de Nijmegen, explicou que estudos científicos recentes estimam em entre 2,2% e 2,6% a percentagem de pessoas superdotadas no mundo.

A especialista afirmou que os testes para determinar o quociente intelectual, embora criem inconvenientes, são até agora a ferramenta mais válida para descobrir crianças superdotadas.

Benito disse que 85% das crianças e adolescentes superdotados apresentam um quociente entre 130 e 145, e são estes justamente os que têm mais dificuldades para se integrar em um ambiente que os discrimina e faz com que se sintam diferentes.

"Acima de 145 pontos, advertimos que os alunos costumam ter ainda uma maior maturidade emocional, de maneira que não apresentam problemas de sociabilidade e inclusive são aceitos como líderes pelos demais", acrescentou.

No entanto, para todos os jovens superdotados o principal problema é encontrar "amigos iguais" para desenvolver suas capacidades emocionais, razão pela qual Alonso opinou que "não deveria haver obstáculos à formação de grupos especiais integrados por essas crianças".

A situação das crianças superdotadas se complica quando chegam à adolescência, pois nessa fase da vida é muito forte a necessidade de ser aceito em um grupo e muitos deles sacrificam seus dotes e igualam seu comportamento para poderem se misturar, explicaram os especialistas.

Os superdotados também podem demonstrar introversão e hostilidade, paranóia, orgulho desmedido, individualismo e desejos de superioridade, e no caso das meninas, na puberdade aumentam ainda mais as atitudes dominantes e a introversão, acompanhadas de sentimentos de culpa e solidão.

Fonte: Terra Ciência

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