18 de janeiro de 2005


Cientistas alertam para forte tempestade magnética


O Instituto de Ionosfera e Magnetismo Terrestre da Rússia (IZMIRAN) alertou hoje para uma forte tempestade magnética que afetará a Terra nas próximas horas por causa de uma grande explosão no Sol.

"Na noite de hoje e amanhã poderemos sentir os efeitos de uma grande explosão ocorrida ontem no Sol", disse Anatoli Belov, chefe do laboratório de magnetismo e ondas do IZMIRAN, à agência oficial russa Itar-Tass.

Belov informou que a atividade solar começou a se intensificar em 1º de janeiro e que na quarta-feira e no sábado da semana passada ocorreram explosões no Sol que originaram tempestades magnéticas. "Ontem houve uma explosão mais potente, que formou no Sol uma mancha dez vezes superior ao diâmetro terrestre, emanando um potente fluxo de partículas ionizadas, que quando alcançarem nosso planeta provocarão um forte tempestade magnética", destacou Belov.

Em condições normais esse fluxo de partículas passa despercebido, mas quando sua intensidade é muito alta o campo magnético terrestre é alterado, o que tem efeitos nos organismos, afirmou.

As tempestades magnéticas provocam as auroras boreais, prejudicam as transmissões de rádio e influem de modo negativo na saúde das pessoas sensíveis ao campo magnético terrestre. Dependendo da intensidade, as tempestades magnéticas também afetam o funcionamento dos satélites, redes elétricas, sistemas de navegação, oleodutos e o transporte ferroviário.

Valeri Bogomolov, diretor adjunto do Instituto de Problemas Biológicos da Rússia, informou que a Estação Espacial Internacional (ISS) opera em regime de alerta para minimizar os efeitos da tempestade magnética. "O cosmonauta russo Saizhan Sharipov e seu colega americano Leroy Chiao controlarão permanentemente o nível de radiação na parte exterior da ISS", afirmou Bogomolov à Itar-Tass.

O cientista afirmou que quando a ISS estiver voltada para o Sol os astronautas permanecerão nos módulos Zaria e Destinity, as estruturas da estação espacial nas quais estão mais bem protegidos dos efeitos da radiação.

Fonte: Terra

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