26 de novembro de 2003

...e numa rua escura na madrugada...(p100)

Gadelha abriu a porta e se jogou atrás do carro com a arma em punho. Clayton continuava sentado no mesmo lugar e sentia dor no pé.
Quando a polícia começou a se aproximar, Gadelha começou a atirar em sua direção, fazendo com que cada um procurasse um lugar seguro. Em segundos, um tiroteio começou e Clayton não conseguia se desprender do cinto de segurança por causa do medo e nervosismo. Enquanto Gadelha parou para recarregar a arma, um dos policiais se posicionou a poucos metros dele e ficou esperando o melhor momento para abrir fogo contra o meliante.
Gadelha carregou apressado o revólver e quando levantou para atirar, levou um tiro no ombro esquerdo fazendo-o abaixar novamente. O policial não parou de atirar e seus companheiros se aproximaram atirando em direção ao carro.
Clayton sentiu uma fisgada nas costas no momento em que conseguiu soltar o sinto. Abriu a porta despencou para o lado de fora acenando estar desarmado com as mãos para o alto. O único policial que não estava próximo do carro ordenou o cessar fogo, percebendo o homem ferido no chão. Todos obedeceram, menos o policial mais próximo de Gadelha que continuou a atirar por não ouvir o comando.
Quando percebeu, Gadelha agonizava com um tiro na garganta e pedia socorro. Sua arma estava caída longe do braço machucado. O policial chutou a arma para longe, apontou a sua para a cabeça de Gadelha e disparou até acabar sua munição.
Por baixo do carro, Clayton viu o antes companheiro de infância ser sumariamente executado enquanto já não oferecia mais perigo a ninguém. Sentiu alívio e pena quando os tiros pararam.

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